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A Galeria do Largo, localizada na rua Costa Azevedo, 290, Centro, será palco de um evento especial nesta sexta-feira (24/01), às 18h. A exposição coletiva “Quanto + Preto Melhor” celebra a arte negra contemporânea com uma abordagem que une ancestralidade, identidade e reflexão social.
Com curadoria de Marcelo Rufi, artista e pesquisador com ampla atuação em projetos que destacam narrativas afro-amazônicas, a mostra busca resgatar histórias invisibilizadas e promover o letramento racial por meio da arte. “O título surgiu de um livro para colorir que criei na faculdade, onde contava, de forma lúdica, histórias de objetos da cor preta. Hoje, o nome assume um papel superlativo, exaltando a cultura preta”, explica o curador.
A exposição é fruto de quatro anos de trabalho do grupo Arte Ocupa, que reúne os artistas Anderson Souza, André Cavalcante Pereira, Andrew Ponto, Cigana do Norte, Edvando Alves, Estevan Leandro, Jorge Liu, Manuo, Rana Mariwo, Travamazonica, Ventinho, Vivian Evangelista e Zem Babumones.
Por meio de instalações, esculturas, pinturas e performances, as obras destacam a pluralidade da arte negra e a riqueza cultural da Amazônia. “A proposta é oferecer uma experiência imersiva que une homenagem e exaltação. Queremos que o público saia daqui conhecendo mais sobre a arte contemporânea manauara, com narrativas que abordam temas como racismo estrutural, afrofuturismo e memória ancestral”, reforça Marcelo Rufi.
Homenagens e programação especial
A abertura contará com uma apresentação do Maracatu Pedra Encantada, em um cortejo que parte do Largo de São Sebastião até a Galeria do Largo, onde o grupo será homenageado na mostra.
A exposição permanecerá em cartaz até o final de fevereiro, com entrada gratuita. O Centro de Artes Visuais Galeria do Largo funciona de quarta a domingo, das 15h às 20h.
Próximos passos do projeto
Além da exposição, o grupo Arte Ocupa já prepara um novo projeto intitulado “Vejam antes que me tirem daqui”, que trará oficinas e residências artísticas para discutir memória e o valor afetivo dos espaços públicos.
A mostra promete não apenas encantar o público, mas também provocar reflexões importantes sobre representatividade, ancestralidade e o papel transformador da arte.