Exposição no Museu da Imagem e do Som celebra legado de Silvino Santos e o Dia do Fotógrafo

Foto: Divulgação

Inaugurada na última quinta-feira (9), a exposição “Raízes da Amazônia: o Olhar de Silvino Santos” ocupa o Museu da Imagem e do Som do Amazonas (MISAM), localizado no Palacete Provincial, no Centro de Manaus. Com entrada gratuita até 31 de janeiro, a mostra faz parte das comemorações pelo Dia do Fotógrafo, celebrado em 8 de janeiro, e é promovida pelo Governo do Amazonas, através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

A exposição reúne fotografias do acervo de Joaquim Gonçalves de Araújo, destacando o trabalho do cineasta e fotógrafo Silvino Santos, que retratou de maneira única a essência da Amazônia. As visitas podem ser realizadas de segunda a sábado (exceto às quartas-feiras), das 9h às 15h.

A homenagem a Silvino Santos

Clóvis Neto, gerente do MISAM, destaca a relevância de Silvino Santos para a cultura amazônica:
“Essa exposição ressalta o Dia do Fotógrafo trazendo Silvino Santos, que não só filmou a Amazônia, mas também capturou sua essência em fotografias. É uma forma de manter viva sua memória.”

A mostra exibe 11 fotografias documentando a expedição de Silvino ao lado do explorador Hamilton Rice. Os registros incluem momentos da produção de borracha e juta, além de encontros com comunidades indígenas, como os Moigôns, Macús, Tucanos e Xirianás, no Alto Rio Branco.

Na abertura, o monitor de turismo Thomas Ribeiro, caracterizado como Silvino Santos, guiou os visitantes, apresentando a importância da expedição realizada em 1923.
“É essencial lembrar a sociedade de figuras históricas como Silvino Santos, que, infelizmente, podem cair no esquecimento,” reforçou Thomas.

Impacto cultural e educativo

Entre os visitantes, a professora de química Lumara Colares destacou o impacto da exposição.
“Foi muito interessante conhecer o trabalho de Silvino Santos. A exposição é educativa, acessível às crianças e mostra a evolução tecnológica. Para quem ama fotografia, é uma experiência emocionante.”

Redescoberta de “Amazonas, o Maior Rio do Mundo”

Outro marco relacionado a Silvino Santos foi a exibição do filme “Amazonas, o Maior Rio do Mundo” em dezembro de 2023, no Teatro Amazonas. Após 100 anos desaparecida, a obra foi encontrada na Cinemateca de Praga, na República Tcheca, graças à pesquisa do amazonense Sávio Stoco.

Filmado em 1918, o documentário percorre o rio Amazonas, passando por localidades como Belém, Marajó, Santarém, Itacoatiara e Manaus, além do Peru. A redescoberta da obra reafirma a importância de Silvino Santos como pioneiro do cinema e da fotografia no Brasil, preservando a memória visual da Amazônia.

A exposição “Raízes da Amazônia” segue aberta ao público, proporcionando uma imersão única na história e cultura da região, com o olhar singular de Silvino Santos.

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