No próximo domingo, dia 20 de agosto, às 19h, o Teatro Amazonas será palco da estreia do filme “Pirarucu: O Sopro da Amazônia”. Este filme se destaca de maneira como o manejo sustentável do pirarucu atua como uma poderosa força protetora para a região amazônica e suas comunidades. Uma experiência única que não terá custo algum para o público.
Fruto do esforço conjunto da Banksia Films e da renomada diretora Carolina Fernandes, uma figura profundamente enraizada na Amazônia há mais de uma década, a obra cinematográfica nos transporta ao coração da Amazônia. O filme desvenda a evolução do manejo do pirarucu, realçando a significância da sabedoria ancestral aliada aos conhecimentos técnicos dos pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
O documentário também lança luz sobre uma notável transformação da região do Médio Juruá, que se emancipou de um passado de trabalho exploratório, lembrando um passado de exploração semelhante à escravidão, para emergir como um verdadeiro paradigma de desenvolvimento sustentável na Amazônia.
“Neste cenário pós-borracha, a região uniu-se após a queda da borracha e de seus barões, encontrando inspiração na luta emancipatória liderada por Chico Mendes. Essa união resultou na demarcação de Unidades de Conservação (UCs) e na emancipação da produção agroextrativista de forma autônoma e equitativa, eliminando intermediários e gerando suas próprias associações. todos a prestigiarem este momento de significado ímpar. O acesso ao lançamento é aberto a todos, sem distinções, pois a entrada é franca”, compartilha a diretora Carolina Fernandes.
Através dessa produção cinematográfica, os espectadores também serão apresentados à inspirada trajetória da Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC), pioneira na região e ainda hoje um farol de esperança para toda a Amazônia, coordenando atividades em seu território com um firme compromisso com a floresta e suas comunidades.
Além disso, o exibiu os triunfos inegáveis desse esforço no Médio Juruá. Ao longo de 11 anos, a população de pirarucus cresceu exponencialmente, aumentando 55 vezes em lagos protegidos. Este fenômeno é o resultado direto do manejo participativo do pirarucu, proporcionando uma fonte vital de renda e promovendo a qualidade de vida nas comunidades através da valorização dos produtos originários da floresta.