Em Brasília, Festival Folclórico de Parintins é lançado com imersão na cultura do Amazonas

O lançamento do 56º Festival Folclórico de Parintins em Brasília (DF), ocorrido na noite desta terça-feira (11/04), na Casa da Coca-Cola Brasil, foi marcado por uma experiência na cultura do Amazonas, embalada pelo ritmo das toadas dos bumbás Caprichoso e Garantido. O governador Wilson Lima apresentou os pilares da edição deste ano do festival, que são cultura, turismo e sustentabilidade, na presença de diversas autoridades.

Durante o evento, foi oferecida uma amostra da culinária regional, com destaque para o tacacá preparado com tucupi, goma de tapioca, camarão seco e jambu, além de frutas típicas da região, como a pupunha, o tucumã e o rambutã. O artista visual parintinense Pito Silva apresentou os convidados com quadros que carregavam a temática indígena. A festa na Ilha Tupinambarana, localizada a 369 milhas de Manaus, será realizado nos dias 30 de junho, 1° e 2 de julho, movimentando o turismo e a economia do estado.

Autoridades como as ministras Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Daniela Cardoso, do Turismo, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, estiveram presentes, assim como políticos, presidentes dos bumbás, fazedores da cultura e da economia criativa que movimentam a ilha durante o festival.

Incentivo
O Governo do Amazonas investiu R$ 10 milhões nas realizações desta edição, sendo R$ 5 milhões destinados a cada bumbá, enquanto a Coca-Cola manteve seu patrocínio tradicional, concedido com R$ 2,5 milhões, divididos igualmente entre as agremiações folclóricas. Esses recursos são utilizados para criar alegorias, figurinos e acessórios, além de custear a mão de obra em diversas frentes de trabalho, tornando o festival uma das celebrações culturais mais importantes do mundo.

De acordo com o Secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, o festival é uma fonte de propulsão da economia, fomenta o turismo e pulveriza a cultura no Brasil, gerando emprego e renda para a população. Ele mencionou a previsão de impacto econômico para este ano, afirmando que a expectativa é que a edição gere mais de 2 mil empregos diretos e até 20 mil indiretos na economia local. A cadeia produtiva já está em movimento três meses antes do festival, e o legado em melhorias na cidade é significativo para um local que respira cultura e tem forte apelo turístico, como Parintins.

Parceria

Victor Bicca, diretor de Relações Governamentais da Coca-Cola Brasil, enfatiza a importância dos investimentos da empresa no Amazonas, onde está presente há mais de 30 anos, para fortalecer a cultura amazônica e promover o desenvolvimento regional.

“O Festival Folclórico de Parintins tem um papel estratégico para o estado e, principalmente, para as pessoas. Temos um enorme respeito pela região e por tudo o que oferece para o país e para o mundo. É por isso que patrocinamos oficialmente o evento há 27 anos. São recursos que impactam no aumento de postos de trabalho e na distribuição de renda. Iniciativas como essa que a Coca-Cola Brasil apoia o desenvolvimento sustentável do estado”, destacou.

Sustentabilidade

O Festival Folclórico de Parintins deixa um importante legado em relação à sustentabilidade. Para fortalecer essa proposta, o Wilson Lima adotou iniciativas sustentáveis na confecção dos convites para o festival, entregues às autoridades durante sua estadia na capital brasileira. A peça de arte foi produzida pela dupla de artistas parintinenses, Kermerson Freitas e Alziney Pereira, os “Curumiz”, e leva a marca oficial deste ano, emoldurada por uma réplica de cocar indígena feita de madeira.

O adorno foi confeccionado por um coletivo de artesãos composto por Rosa dos Anjos, de Manaus; Lucijones Cursino, de Parintins; e Movelaria ILC Cavalcante, de Itapiranga. Feita com madeira certificada pelo Forest Stewardship Council (FSC) ou proveniente de reutilização de descartes, a peça recebeu acabamento em óleo mineral, mantendo sua originalidade e cores naturais, sem a necessidade de uso de verniz.

A obra foi transportada em ecobags individuais feitos de juta, produzidos na Central Técnica de Produção (CTP) José Carlos Viana Marques, gerenciada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

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