Os Teatros da Amazônia, o Teatro Amazonas em Manaus (AM) e o Theatro da Paz em Belém (PA), estão em vias de serem reconhecidos como Patrimônio Mundial pela UNESCO. A primeira etapa desse processo será realizada de 13 a 15 de dezembro durante a primeira oficina de mobilização no Palacete Provincial, praça Heliodoro Balbi, Centro de Manaus, um evento aberto ao público a partir das 14h de quarta-feira (13/12).
Estes teatros, destacados como símbolos do ciclo da borracha na região, representam as artes, arquitetura e a história da Amazônia, delineando a interseção da região com a economia e geopolítica internacional nos séculos XIX e XX.
A oficina conta com a participação dos governos dos estados do Amazonas e Pará, prefeituras de Manaus e Belém, sociedade civil, pesquisadores e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que coordenará a candidatura representando o Brasil perante o Centro do Patrimônio Mundial da UNESCO.
A programação da oficina inclui a apresentação de conceitos, princípios e procedimentos para a candidatura a Patrimônio Mundial, seguida da exposição dos requisitos de proteção, conservação e gestão do Teatro Amazonas e do Theatro da Paz. Durante a semana, estão previstas visitas técnicas e discussões para a elaboração das ações nos próximos anos.
Tombado como o primeiro monumento em Manaus pelo IPHAN, o Teatro Amazonas, com uma história de 127 anos, é considerado um símbolo do processo de modernização nacional impulsionado pelo ciclo da borracha. Segundo Marcos Apolo Muniz, secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, o teatro reflete a influência europeia com uma arquitetura eclética incorporando elementos indígenas e referências da flora e fauna regional.
Úrsula Vidal, secretária de cultura do Pará, destaca o valor planetário do reconhecimento da UNESCO para o Theatro da Paz, ressaltando que a candidatura beneficia o turismo na região, especialmente com a COP 30 agendada para 2025. Ela contextualiza que essas casas de espetáculos já são referências culturais na Amazônia e no Brasil.