Museu do Seringal Vila Paraíso: 21 anos como um imperdível destino turístico cultural no Amazonas

Imerso em um mergulho histórico, o Museu do Seringal Vila Paraíso, situado às margens do afluente Tarumã-Mirim em Manaus, permite aos visitantes vivenciarem o período áureo da borracha. No presente ano, este local gerenciado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, comemora 21 anos de existência.

Segundo Emilson Araújo, o gerente do museu, este espaço é um patrimônio não apenas do Amazonas, mas também do Brasil como um todo. Ele destaca: “O museu retrata um modelo econômico que ecoou pela região amazônica e reverberou no mundo. É um local único onde os visitantes podem mergulhar em todo o processo, desde a gestação do látex das seringueiras até a produção da borracha.”

No primeiro semestre deste ano, o museu já acolheu mais de seis mil visitantes, incluindo turistas locais e estrangeiros, bem como grupos escolares. Além disso, os moradores das comunidades vizinhas, como a Comunidade Nossa Senhora do Livramento e a Comunidade Nossa Senhora de Fátima, também encontram no museu um espaço de lazer e aprendizado.

Edson Ferreira, um artesão indígena residente na Comunidade do Livramento, enfatiza o apoio que o museu oferece à comunidade local: “O museu nos deu uma chance de vender nossos artesanatos e, nos fins de semana, estamos lá como parte da programação. É uma fonte de renda para nós”, afirma Edson.

Desde sua administração pela Secretaria de Cultura em 16 de agosto de 2002, o espaço tornou-se um destino turístico obrigatório na Amazônia. Os visitantes podem se envolver na história do aumento da borracha na região amazônica, aprender sobre a rica natureza local e suas espécies nativas. A entrada é gratuita e a visita dura aproximadamente uma hora.

O museu abriga a Casa do Seringalista, uma das instalações do local, que traz à vida os trajes do final do século 18 e início do século 19. Ficaram às margens do igarapé São João, o museu recria o cenário do seringal Vila Paraíso, que foi construído para as filmagens de “A Selva”, lançado em 2001, com atores como Maitê Proença, Gracindo Júnior, Cláudio Marzo, Roberto Bonfim e o ator português Diogo Morgado como protagonista.

As reproduções das instalações daquela época podem ser encontradas: o barracão de aviamentos, a capela de Nossa Senhora da Conceição, a casa de banho, a trilha das seringueiras, o tapiri de defumação, a casa do seringueiro e do capataz, além do cemitério ea casa de farinha. O local abriga móveis e utensílios que testemunham a experiência dos seringais durante o ápice econômico da borracha.

O acesso ao museu é feito principalmente pela via fluvial. Os visitantes iniciam sua jornada na Marina do Davi, localizada na estrada da Ponta Negra. Algumas linhas de ônibus do transporte público também passam pelo local, como as linhas 120, 450, 542 e 641.

Ao chegar à marina, os visitantes embarcam em uma das lanchas operadas pela Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi (Acamdaf), que os transporta até o museu. O custo por trecho é de R$ 21 por pessoa. Os horários de partida têm uma média de intervalo de uma hora, mas é importante estar ciente de que a expedição partirá em direção ao museu assim que estiver lotada.

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