Dia triste para a cultura brasileira: na madrugada desta quarta-feira, 21/12, Pedro Paulo Rangel nos deixou. Com carreira sólida na TV, no teatro e no cinema, a causa da morte ainda não foi divulgada. A informação foi confirmada pela sua família.
Lembrado por colegas e fãs por personagens marcantes nas novelas, como o simpático e bondoso Calixto, de “O Cravo e a Rosa” (2000) e o vilão Gigi Falcão, em “Belíssima” (2005), Rangel fez sua estreia nas telinhas em “Super Plá”, novela de 1970 exibida pela extinta TV Tupi. Por lá, ainda foi dirigido por Lima Duarte, em “Toninho On The Rocks”, até migrar para a Globo, em 1972.
Seu primeiro papel no plim-plim foi na segunda novela das 6 da emissora, “Bicho do Mato”. Ele interpretava o jovem e ambicioso Gastão Medeiros Rodrigues. As primeiras versões de “Gabriela” (1975) e “Saramandaia” (1976), os clássicos “Vale Tudo” (1988) e “A Indomada” (1997) e a segunda versão de “Pecado Capital” (1998) também estão no currículo de sucesso do artista.
Nos cinemas, brilhou ao lado de Renato Aragão e companhia em “Os Três Mosqueteiros Trapalhões” (1980), participou de releituras importantes como “O Beijo no Asfalto” (1981) e esteve em grandes bilheterias, como o teen “Menino do Rio” (1982) e os inesquecíveis “Caramuru – A Invenção do Brasil” (2001), “O Coronel e o Lobisomem” (2005) e a cinebiografia “Chico Xavier” (2010).
Fenômeno dos estúdios e também dos palcos, Pedro – que estreou nos tablados em “Roda Viva” (1968), peça de Chico Buarque de Hollanda -, conquistou duas vezes uma das maiores honrarias do teatro no Brasil: o Prêmio Shell. Primeiro em 1994, pelo seu Padre Antônio Vieira em “O Sermão da Quarta-Feira de Cinzas” e, dez anos mais tarde, pelo monólogo “Soppa de Letra”.
Sempre bem-humorado, PP, como era conhecido pelos amigos, também arrasava quando o assunto era humor: esteve no elenco de “Viva o Gordo” (1981), integrou a trupe da “TV Pirata” (1988) e roubou a cena em participações em “A Grande Família” (2005) e “Som & Fúria” (2009).
*Com informações do GShow