
O Museu do Homem do Norte abre suas portas nesta quinta-feira (13) para uma experiência imersiva, repleta de atividades sensoriais. Localizado no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, na avenida Silves, 2222, no Distrito Industrial, o espaço funciona das 9h às 15h e tem entrada gratuita.
A iniciativa faz parte da programação comemorativa de 40 anos do Museu do Homem do Norte, mantido pelo Governo do Amazonas. De acordo com Aline Santana, diretora do departamento de gestão de museus da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, a proposta busca aproximar o público da riqueza cultural da região.
Vivência sensorial e cultural
Os visitantes terão a oportunidade de participar de uma visita mediada pelo especialista em cultura indígena Miguel Lana, que conduzirá a experiência na sala dos rituais. Além disso, a programação inclui degustação de chás e tucupi, ingrediente essencial do tradicional tacacá, um dos símbolos gastronômicos do Norte.
“O museu reúne manifestações culturais, saberes e sabores da região. Nosso objetivo é apresentar ao público um pouco da gastronomia, dos modos de vida, mitos e rituais, sempre destacando as formas de celebração e a presença das comunidades locais”, afirma Aline Santana.
A programação sensorial contará ainda com a participação de Gilson Mauro, gerente da Biblioteca Braille, que conduzirá atividades por outros espaços do museu.
Acervo e história
Com mais de duas mil peças distribuídas em quatro ambientes, o Museu do Homem do Norte está instalado no Centro Cultural dos Povos da Amazônia desde 2011. O local abriga o Cine Silvino Santos, homenagem ao pioneiro do cinema na Amazônia, autor do documentário No Paiz das Amazonas (1921).
“Recebemos, em média, 500 visitantes por mês, mas também realizamos atividades paralelas com instituições de ensino, grupos de idosos e programações especiais ao longo do ano”, destaca Aline Santana.
Sala de rituais: tradição e significado
A visitação, com duração de uma hora, inclui a sala dos rituais, onde o público poderá conhecer práticas tradicionais de diversas etnias indígenas. Entre os destaques estão o reahu – cerimônia dos mortos dos Yanomami –, o rito da menina moça – celebração da primeira menstruação de jovens indígenas – e o ritual da tucandeira, um marco da transição para a vida adulta entre os Sateré-Mawé.
“Também apresentaremos o significado do artesanato, como cestos e bancos utilizados por caciques e tuxauas, além de outras curiosidades sobre a cultura indígena”, explica Miguel Lana.
Instituições interessadas em visitas em grupo podem solicitar agendamento pelo e-mail demus@cultura.am.gov.br.