O Cineclube de Arte, projeto promovido pelo Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC), realiza nesta quinta-feira (10), às 18h30, uma sessão especial no Teatro Gebes Medeiros, no Centro de Manaus. A programação tem entrada gratuita e classificação indicativa de 14 anos.
Com o título O Cinema de Lucas Martins, a mostra homenageia o cineasta amazonense e apresenta ao público quatro curtas-metragens dirigidos por ele. As produções transitam por diversos gêneros, como ficção científica, suspense psicológico, policial neo-noir e comédia fantástica — sempre com uma abordagem voltada ao cinema de gênero e ao entretenimento.
Confira os filmes em exibição:
Abrindo a sessão, Barulhos (2016) mergulha no terror psicológico ao narrar a rotina de um homem solitário que passa a desconfiar da presença de alguém em sua casa. Na sequência, O Estranho Sem Rosto (2019) acompanha a angústia de um jovem atormentado por pesadelos violentos e por uma figura desfigurada, enquanto enfrenta uma crise amorosa.
O terceiro curta da mostra é À Beira do Gatilho (2021), um policial de estética neo-noir ambientado na véspera de Natal. No enredo, o detetive Max tem 24 horas para resolver o assassinato de um apostador endividado. O filme conquistou diversos prêmios, incluindo Melhor Curta Policial e Melhor Direção no Tagore International Film Festival (Índia), além do prêmio do júri popular no Festival Angaelica, nos Estados Unidos.
Encerrando a exibição, Um Mal Necessário (2024) mistura comédia e fantasia ao contar a história de um ator iniciante que vende a alma a Mephistófeles, um demônio punk, em troca da fama. A trama toma rumos inesperados quando personagens fictícios passam a invadir o mundo real. O curta já foi selecionado por mais de 15 festivais e conquistou o 2º lugar na categoria Melhor Comédia no Carnival of Darkness Film Festival, nos EUA.
Inspirações e trajetória
Segundo Lucas Martins, a mostra representa não apenas uma coletânea de seus trabalhos, mas também um reflexo de sua jornada como cineasta. “Os curtas vão da ficção científica ao policial. Todos são focados no entretenimento do público, porque é isso que me atrai como realizador e espectador”, afirma.
O diretor revela ainda que cresceu assistindo a programas de televisão variados — de desenhos como Looney Tunes a filmes de terror exibidos nas madrugadas — influências que ajudaram a moldar seu estilo narrativo.
“Acredito que minhas produções refletem tanto meus gostos pessoais quanto a evolução natural da minha linguagem cinematográfica ao longo dos anos”, completa.
A mostra O Cinema de Lucas Martins reforça o compromisso do Cineclube de Arte com a valorização da produção audiovisual local e com a democratização do acesso ao cinema no Amazonas.
